Triângulo das Bermudas

O Triângulo das Bermudas (também conhecido como Triângulo do Diabo) é uma área de aproximadamente 1,1 milhão de km², situada no Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico e Fort Lauderdale (Flórida). A região notabilizou-se como palco de diversos desaparecimentos de aviões, barcos de passeio e navios, para os quais popularizaram-se explicações extrafísicas e/ou sobrenaturais.
Uma das possíveis explicações para estes fenômenos são os distúrbios que esta região passa, no campo magnético da Terra. Um dos casos mais famosos é o chamado voo 19. Muito embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950. Alguns traçam o mistério até Colombo. Mesmo assim, os incidentes vão de 200 a não mais de 1000 nos últimos 500 anos. Howard Rosenberg afirma que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8.000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o último século.
Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério dos aviões e navios desaparecidos. Extraterrestres, resíduos de cristais da Atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas, vórtices da quarta dimensão, estão entre os favoritos dos escritores de fantasias. Campos magnéticos estranhos, flatulências oceânicas (gás metano do fundo do oceano) são os favoritos dos mais técnicos. O tempo (tempestades, furacões, tsunamis, terremotos, ondas, correntes), e outras causas naturais e humanas são as favoritas entre os investigadores céticos.
Muitos cientistas são céticos em relação a uma versão sobrenatural, apesar dos inúmeros casos catalogados sem uma explicação clara sobre que de fato ocorreu nesta região.


História e evolução
Desde a era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, as naus que viajavam da Europa para as Américas passavam continuamente por esta área para aproveitar os ventos da Corrente do Golfo. Depois, com o desenvolvimento das máquinas a vapor e dos barcos com motores de combustão interna, grande parte do tráfego do Atlântico Norte já não passava mais por esta área.
A Corrente do Golfo, uma área com clima instável (conhecida por seus furacões), também passa pelo triângulo ao sair do Mar do Caribe. A combinação de um intenso tráfego marítimo e o clima instável pode ter feito com que alguns barcos entrassem em tempestades e se perdessem sem deixar pistas, principalmente antes do desenvolvimento das telecomunicações, do radar e dos satélites no final do século XX.
A primeira obra documentada sobre os desaparecim
entos nesta área foi lançada em 1950, por E. V. W. Jones, jornalista da Associated Press, que escreveu algumas matérias sobre desaparecimentos de barcos no triângulo. Jones disse que os desaparecimentos de barcos, aviões e pequenos botes eram "misteriosos". E deu a esta área o nome de "Triângulo do Diabo".
Em 1952, George X. Sand afirmou em um artigo da Revista do Destino que nesta área aconteciam "estranhos desaparecimentos marinhos".
Em 1964, o escritor sensacionalista Vincent Gaddis deu o término "Triângulo das Bermudas" em um artigo da revista Argosy. Um ano depois publicou o livro Invisible Horizons: True Mysteries of the Sea ("Horizontes Invisíveis: os Verdadeiros Mistérios do Mar"), onde incluía um capítulo chamado "O Mortal Triângulo das Bermudas". Geralmente, Gaddis é considerado o "inventor" do Triângulo das Bermudas.
Mas foram dez anos depois, em 1974, que o mistério tornou-se mito, através de Charles Berlitz e seu livro "O Triângulo das Bermudas", onde ele pegou alguns textos de Gaddis e recopilou alguns casos de desaparecimentos, misturados com falsidades e flagrantes invenções.
Foi depois da publicação desse livro que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente. Após acharem a cabeça de um homem no mar todos afirmaram que havia coisas sobrenaturais.
Recentemente um canal de tv americano, especializado em ficção científica, produziu uma mini-série para com o nome de The Bermuda Triangle: Startling new secrets...(2005).


Listagem de eventos
• 1840 - Rosalie - embarcação francesa encontrada meses após o seu desaparecimento, na área do Triângulo das Bermudas, navegando com as velas recolhidas, a carga intacta, porém sem vestígios de sua tripulação.
• 1872 - Mary Celeste - Apesar do navio ter sido abandonado na costa de Portugal, ele teria antes supostamente batido em um recife perto da costa de Bermuda.
• 1880 - Atlanta - Fragata britânica, desapareceu em Janeiro, com 290 pessoas a bordo.
• 1902 - Freya - embarcação alemã, ficou um dia desaparecida. Saiu de Manzanillo, em Cuba no dia 3 de outubro. Foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.
• 1909 - The Spray - pequeno iate do aventureiro canadense Joshua Slocum, que desapareceu nesta área.
• 1917 - SS Timandra - embarcação que iria para Buenos Aires que tinha partido de Norfolk (Virgínia) com uma carga de carvão, e uma tripulação de 21 passageiros. Não emitiu nenhum sinal de rádio.
• 1918 - Cyclops - embarcação carregada com 19.000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Norte-americana, com 309 pessoas a bordo. Desapareceu a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio.
• 1921 - Carroll. A. Deering - cargueiro que afundou no cabo Hatteras, cerca de 1000 km a oeste das ilhas Bermudas.
• 1925 - Raifuku Maru - embarcação que afundou em uma tempestade a cerca de 1000 km ao norte das ilhas Bermudas.
• 1925 - Cotopaxi - embarcação desaparecida próximo a Cuba.
• 1926 - SS Suduffco - embarcação que afundou em um furacão no triângulo.
• 1931 - Stavenger - cargueiro desaparecido com 43 homens a bordo.
• 1932 - John and Mary - embarcação desaparecida em Abril. Foi encontrada posteriormente à deriva, a cerca de 80 quilômetros das ilhas Bermudas.
• 1938 - Anglo-Australian - embarcação desaparecida em Março, com uma tripulação de 39 homens. Pediu socorro quando estava próxima ao Arquipélago dos Açores.
• 1940 - Gloria Colite - embarcação desaparecida em Fevereiro. Foi encontrada com tudo intacto, mas sem a tripulação.
• 1942 - Surcouf - submarino francês que foi atacado pelo cargueiro norte-americano Thompson Lykes perto do Canal do Panamá, cerca de 1800 km do triângulo
• 1944 - Rubicon - cargueiro cubano desaparecido em 22 de outubro. Foi encontrado mais tarde pela Guarda Costeira Norte-americana próximo à costa da Flórida.
• 1945 - Super Constellation - aeronave da Marinha Norte-americana desaparecida em 30 de Outubro, com 42 pessoas a bordo.
• 1945 - Voo 19 ou Missão 19 ("Flight 19") - esquadrilha de cinco aviões TBF Avenger, desaparecida em 5 de Dezembro.
• 1945 - Martin Mariner - hidroavião enviado na busca do Vôo 19, também desapareceu em 5 de dezembro, após 20 minutos de vôo, com 13 tripulantes a bordo.
• 1947 - C-54 - aeronave do Exército dos Estados Unidos, jamais foi encontrado.
• 1948 - DC-3 - aeronave comercial, desaparecida em 28 de dezembro, com 32 passageiros.
• 1948 - Tudor IV Star Tiger - aeronave que desapareceu com 31 passageiros.
• 1948 - SS Samkey - embarcação que afundou a 4200 km a nordeste do triângulo e a 200 km a nordeste dos Açores.
• 1949 - Tudor IV Star Ariel - aeronave que desapareceu no triângulo.
• 1950 - Sandra - cargueiro transportando inseticida, desapareceu em Junho e jamais foi encontrado.
• 1950 - GLOBEMASTER - Avião desaparecido em março. Era um avião comercial dos Estados Unidos.
• 1952 - YORK - Avião de transporte britânico. Desaparecido em 2 de fevereiro. Tinha 33 passageiros a bordo fora a tripulação. Sumiu ao norte do Triângulo das Bermudas.
• 1954 - Lockheed Constelation - aeronave militar com 42 passageiros a bordo que desapareceu no triângulo.
• 1955 - CONNEMARA IV - Desapareceu em setembro e apareceu 640km distante das bermudas, também sem tripulação.
• 1956 - MARTIN P-5M - Hidroavião desaparecido em 9 de novembro. Fazia a patrulha da costa dos Estados Unidos. Sumiu com 10 tripulantes a bordo nas proximidades do Triângulo das Bermudas.
• 1957 - CHASE YC-122 - Desaparecido em 11 de janeiro. Era um avião cargueiro com 4 passageiros a bordo.
• 1962 - Um avião KB-50 desapareceu em 8 de janeiro. Tratava-se de um avião tanque das Forças Aéreas dos Estados Unidos. Desapareceu quando cruzava o Triângulo.
• 1963 - MARINE SULPHUR QUEEN - Cargueiro que desapareceu em fevereiro sem emitir nenhum pedido de socorro.
• 1963 - SNO'BOY - Desaparecido em 1º de Julho. Era um pesqueiro com 20 homens a bordo. Nunca foi encontrado.
• 1963 - 2 STRATOTANKERS KC-135 desapareceram em 28 de agosto. Eram 2 aviões de quatro motores cada, novos, a serviço das forças aéreas americanas. Iam em missão secreta para uma base no Atlântico, mas nunca chegaram no local.
• 1963 - CARGOMASTER C-132 - Desaparecido em 22 de setembro perto das ilhas Açores.
• 1965 - FLYNG BOXCAR C-119 - Desaparecido em 5 de junho. Era um avião comercial com 10 passageiros a bordo.
• 1967 - WITCHCRAFT - Desaparecido em 24 de dezembro. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo.
• 1970 - Milton Latrides - cargueiro francês que partiu de Nova Orleans em direção à Cidade do Cabo. Levava uma carga de azeite vegetal e refrigerante. Afundou no triângulo em Abril.
• 1973 - ANITA - Desaparecido em março. Era um cargueiro de 20.000 toneladas que estava circulando próximo ao Triângulo com 32 tripulantes a bordo.
• 1976 - Grand Zenith - petroleiro, afundou com pessoas e bens a bordo. Deixou uma grande mancha de petróleo que, pouco depois, também desapareceu.
• 1976 - SS Sylvia L. Ossa - embarcação que afundou em um furacão a oeste das ilhas Bermudas.
• 1978 - SS Hawarden Bridge - embarcação que foi encontrada abandonada no triângulo.
• 1980 - SS Poet - embarcação que afundou em um furacão no triângulo. Transportava grãos para o Egito.
• 1995 - Jamanic K - cargueiro que afundou no triângulo, depois de sair de Cap-Haïtien.
• 1997 - Iate - É encontrado um iate alemão.
• 1999 - Genesis - cargueiro que afundou depois de sair do porto de São Vicente; sua carga incluía 465 toneladas de tanques de água, tábuas, concreto e tijolos; informou de problemas com uma bomba um pouco antes de perder o contato. Foi realizada uma busca sem sucesso em uma área de 85.000 km² (33.000 milhas quadradas).


Outros eventos:
• Um Cessna 172 é "caçado" por uma nuvem, o que resulta em funcionamento defeituoso de seus instrumentos, com conseqüente perda de posição e morte do piloto, como informaram os passageiros sobreviventes.
• Um Beechcraft Bonanza voa para dentro de uma monstruosa nuvem cúmulo ao largo de Andros, perde o contato pelo rádio e logo recupera-o, quatro minutos depois, mas descobre que agora está sobre Miami, com mais vinte e cinco galões de gasolina do que deveria ter-quase exatamente a quantidade de gasolina que seria gasta pelo aparelho numa viagem Andros-Miami.
• Um 727 da National Airlines fica sem radar durante dez minutos, tempo em que o piloto informa estar voando através de um leve nevoeiro. Na hora de aterrissar, descobre-se que todos os relógios a bordo e o cronômetro do avião perderam exatamente dez minutos, apesar de uma verificação da hora cerca de trinta minutos antes da aterrissagem.
Fonte: Wikipedia.
Obs: Não sei se a segunda foto que coloquei é da série citada, me parece mais ser de um filme. Em todo caso, eu quero ver *.*

Orcs


“Acredita-se que os orcs foram criados por Morgoth, na Primeira Era, como um terrível resultado das técnicas de tortura e feitiços nas quais ele submeteu os elfos que capturou. São uma raça nascida do ódio e da dor e sua única alegria é o sofrimento alheio. São provavelmente, entre as raças malignas, a que os jogadores mais encontrarão em suas
jornadas, pois eles são como praga e se reproduzem rapidamente, infestando montanhas e cavernas com uma velocidade assustadora. Podem variar bastante em força, estatura, coragem...o único ponto que todos tem em comum é a aparência repugnante e a sensibilidade a luz do sol (são mais ativos a noite). Na Terceira Era Servem a Sauron e
podem ser encontrados em qualquer terreno. São resistentes, podendo viajar por dias praticamente sem descanso. Possuem uma remota organização de sociedade, e várias vezes ocorrem brigas entre si onde o lado perdedor sai morto. Falam a língua comum e alguns também a fala negra de Mordor. Existe entre eles alguns que são um pouco menores e mais fracos, esses são conhecidos como Goblins.

Meio-Orc

Entre Orcs e Uruk-Hais que se reuniram na Terceira Era do Sol em Isengard estavam homens cujo sangue havia se misturado ao de Orcs através da feitiçaria maligna de Saruman. Eram homens grandes e fortes, mas que herdaram um pouco da estupidez e da repugnância dos Orcs (uns mais, outros menos). Eles podem sair à luz do sol normalmente. Sua tendência na maioria dos casos tem algo de maligna, pois essa é uma maldição impregnada em seu sangue. Como eles tem uma aparência mais humana (que orcs e uruk-hais) não podem ser tão facilmente notados como não-humanos. A classe favorecida dos meio-orcs é bárbaro, porém existem guerreiros, ladinos e alguns Necromantes entre eles, além das classes de PdM.”

Livro de RPG de Senhor dos Anéis

“(...)É, porém, considerado verdadeiro pelos sábios de Eressëa que todos aqueles quendi que caíram nas mãos de Melkor antes da destruição de Utumno foram lá aprisionados, e, por lentas artes de crueldade, corrompidos e escravizados; e assim Melkor gerou a horrenda raça dos orcs, por inveja dos elfos e em imitação a eles, de quem eles mais tarde se tornaram os piores inimigos. Pois os orcs tinham vida e se multiplicavam da mesma forma que os Filhos de Ilúvatar; e nada que tivesse vida própria, nem aparência de vida, Melkor jamais poderia criar desde sua rebelião no Ainulindalë antes do Início. Assim dizem os sábios. E, no fundo de seus corações negros, os orcs odiavam o Senhor a quem serviam por medo, criador apenas de sua desgraça. Esse pode ter sido o ato mais abjeto de Melkor, e o mais odioso aos olhos de Ilúvatar.”
Silmarillion, página 49.


O Paradoxo do Avô

Outra dúvida que sempre tive em minha infância era sobre viagens no tempo. (Ok...posso ter sido uma criança estranha e que deveria ter brincado de casinha com amiguinhos em vez de ler livros e revistinhas do Astronauta. Mas e daí?)
Essa dúvida agravou-se quando vi Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.
Como Hermione modificou todo passado daquela forma? E se ela modificou, então seria lógico que tudo estivesse resolvido. E se tudo estivesse resolvido, não deveria ter acontecido a necessidade da viagem ao tempo. E se não houve necessidade, então ela não viajou. E se ela não viajou, nada mudou. E se nada mudou...voltamos ao príncipio.
Mas parece que, para sanar a minha dúvida, alguém já havia pensado nisso e achei uma explicação. Ainda é um pouco difícil de absorver, mas ao menos é racional e minha criança interior está satisfeita.
Para isso foi criado “O Paradoxo do Avô”.
O paradoxo do avô é resultado de 2 pessoas sendo geradas em um conflito de lógica relacionado à percepção temporal dos acontecimentos.
Imaginemos a seguinte seqüência de fatos:
Você é um viajante que acaba de embarcar numa máquina do tempo rumo ao passado, a uma época não muito distante dos dias atuais. Viaja várias décadas no tempo e se encontra com seu avô ainda criança.
Por acidente ou não, você tira a vida de seu avô, bem antes de ele conhecer a esposa, no caso sua avó.
Se você matou seu avô bem antes de ele conhecer sua futura avó, como pode ter viajado no tempo se nem existia nessa nova realidade, uma vez que seu avô morreu criança e não teve filhos? Se ele não tem filhos você não tem pais. Se você não tem pais, como você existe?
E se não existe, não poderia ter viajado no tempo e matado o seu avô, pelo que o seu avô sobreviveu, casou, teve filhos e nasceu você. Mas se você nasceu, quer dizer que vai voltar atrás no tempo e matá-lo...
Surge então um paradoxo temporal e um conflito lógico de existência a partir do momento que você altera os acontecimentos do passado responsáveis pela sua existência.
Os críticos a esta teoria, sustentam que o tempo já foi pré-determinado e por isso, ao voltar no tempo, você não pode mudá-lo, isso nos traz a possibilidade de que ao voltar no tempo você não estará no mesmo universo real, e sim em um universo paralelo também com seu tempo pré-determinado onde já estaria descrito a sua viagem a esse universo. Esse universo seria como espelho e seus habitantes são os mesmos do nosso universo, quer dizer que, ao matar seu avô nesse outro universo, você não causaria mal algum à existência de seus pais e à sua existência, pois seu avô da sua realidade não sofreu dano algum, mas, nesse universo paralelo você não existiria. Levando em conta todas essas explicações, não existiria o ciclo de existência e não-existência das pessoas envolvidas nessa viagem.
Ainda há outra teorias, como o materialismo, que sugere que a existência é imediata e portanto indo ao passado e matando seu avô não seria um paradoxo pois nunca se pertence ao futuro nem ao passado, apenas ao presente, ou seja, o tempo em que você se situa que é quando seu avô é um bebê. Matando-o sua existência se limita ao surgimento repentino do seu corpo e da máquina do tempo nesse dado momento do "passado". Mesmo não matando seu avô, os fatores que deram sua origem são determinados por mais de um fator que são dados em probabilidades, assim como o seu DNA é uma entre várias possibilidades aleatórias de combinação dos DNAs de seus pais.


Toma isso, Sheldon!*

*Quem não entendeu, ver The Big Bang Theory, primeira temporada episódio 14 - The Nerdmabelia Scattering.

O Senhor dos Sonhos e Os Perpétuos

Embora não seja exatamente meu preferido (Chega bem perto, mas não é), Sandman me ensinou a gostar de quadrinhos. Antes de conhecer O Senhor dos Sonhos e seus irmãos, nunca imaginaria que eles poderiam ter histórias tão complexas e fascinantes quanto as que eu lia nos livros.

Por nutrir tanto carinho pela obra, não acredito ser capaz de lhe fazer justiça, mas acho que essa frase a define bem:

"Pediram para Neil Gaiman ressucitar um herói de segunda divisão. E ele criou uma nova mitologia" (Revista Flashback)

Para mim, o mais cativante em Sandman - e que o torna 'uma nova mitologia' - são os Perpétuos, um grupo de entidades que personificam vários aspectos do universo comuns a todos os seres vivos: Sonho, Morte, Delírio, Desejo, Desespero, Destino e Destruição.

"Há muito é dito que os Perpétuos são uma família de sete entes conceituais, descritos como 'idéias envoltas em algo semelhante à carne'. Eles existem porque seres vivos inteligentes sabem que eles existem. Diversas religiões politeístas da Terra os consideravam como deuses.Na Grécia antiga, por exemplo, viam Sonho como Morpheus, o Deus do Sono. Mas os Perpétuos não são deuses, pois estes deixarão de existir quando seus adoradores e aqueles que lembramdeles morrerem, enquanto os sete irmãos sobreviverão. Aliás, Perpétuos é uma denominação incorreta,porque mesmo todos tendo se originarado há muito tempo,seis da família serão removidos deste planodimensional pelo sétimo, a Morte."


Como Gaiman apresenta cada Perpétuo, em Estação das Brumas:



Desejo tem estatura mediana. É improvável que algum dia se reproduza um retrato que lhe faça justiça, porque vê-la (ou vê-lo) é amá-la (ou amá-lo) de forma apaixonada e dolorosa, acima de todas as coisas.

Desejo exala um perfume quase subliminar de pêssegos maduros e projeta duas sombras: uma negra, de contornos nítidos, e a outra translúcida e indistinta como névoa sobre o asfalto fervente.

Desejo sorri em lampejos breves, como a luz do sol resplandecendo no gume de uma faca. E há muito mais do gume de uma faca em Desejo.

Jamais a(o) possuída(o), sempre o possuidor(a), com a pele pálida como a fumaça e olhos fulvos e aguçados como vinho amarelo. Desejo é tudo o que você sempre quis. Seja você quem for. O que for.

Tudo.



Desespero, irmã gêmea de Desejo, é rainha de seus próprios domínios lúgubres. Diz-se que neles há uma infinidade de janelas minúsculas pendendo no vazio. Cada uma revela uma cena diferente e, em nosso mundo, manifestam-se como espelhos. Algumas vezes, você olhará para um espelho e perceberá os olhos de Desespero sobre você. E sentirá seu coração sendo fisgado por seu anzol certeiro.

Há muitos e muitos anos, uma seita fundada onde hoje é o Alfeganistão proclamou Desespero como uma deusa e determinou todos os cômodos vazios como seu lugar sagrado. Tal seita, cujos membros se denominavam "Os Não Perdoados", persistiu por dois anos, até que seu último seguidor enfim cometeu suicídio. Ele sobreviveu quase sete meses a mais que os outros membros.

Desespero fala pouco e é paciente.




Destino é o mais velho dos Perpétuos. No Princípio era o Verbo, e este foi traçado à mão na primeira página de seu livro antes mesmo de ser pronunciado.

Destino é também o mais alto dos Perpétuos, aos olhos mortais.

Alguns crêem que Destino seja cego, enquanto outros, talvez com mais sabedoria, afirmam que ele viajou além da cegueira e, na realidade, é incapaz de fazer outra coisa a não ser enxergar; que ele enxerga os finos traçados desenhados pelas galáxias enquanto espiralam-se pelo vácuo, que observa os intricados padrões construídos pelos seres vivos durante sua jornada através do tempo.

Destino recende a poeira e bibliotecas à noite.

Não deixa pegadas.

Não possui sombras.




Delírio é a mais jovem dos Perpétuos.

Ela cheira a suor, vinho azedo, finais de noite e couro gasto.

Seu reino é próximo e pode ser visitado. Contudo, as mentes humanas não foram feitas para compreender seu domínio, e os poucos que fizeram essa viagem foram incapazes de relatar mais que insignificantes fragmentos.

Coleridge*, o poeta, afirmou conhecê-la na intimidade, mas o sujeito era um mentiroso inveterado. Nisso, como em tantas outras coisas, é melhor duvidar de sua palavra.

Sua aparência é a mais variável de todos os Perpétuos, que são no máximo idéias envoltas por um simulacro de carne. Sua sombra, tangível como veludo gasto, possui forma e contornos que não tem relação alguma com os corpos que utiliza.

Alguns dizem que a tragédia de Delírio é saber que, embora mais velha que todos os sóis e todos os deuses, será eternamente a mais jovem dos Perpétuos, que não calculam o tempo da mesma forma que nós nem enxergam o mundo com olhos mortais.

Outros negam tal fato e afirmam que não há nada de trágico em Delírio, mas esses falam sem refletir.

Porque Delírio, um dia, foi de Deleite. E embora isso tenha sido há muito tempo, ainda hoje seus olhos não combinam: um deles é verde-esmeralda, vívido, salpicado por inquietas manchas prateadas; o outro é azul como uma veia.

Quem save o que Delírio enxerga com seus olhos desiguais?



Sonho dos Perpétuos... Ah, este é um enigma.

Neste aspecto (e dos Perpétuos percebemos não mais que aspectos, como enxergamos o cintilar da luz numa faceta minúscula de uma pedra preciosa imensa e lapidada de forma impecável), ele é magérrimo e sua pele tem a mesma cor da neve que cai.

Sonho acumula nomes para si da mesma forma que outros fazem amigos, mas são os poucos os que ele considera amigos.

Se há alguém de quem é mais próximo, é de sua irmã mais velha, que vê apenas raramente.

Há muito tempo, eles escutou num sonho que a cada século Morte assume um corpo mortal por um dia, pra compreender melhor as vidas que ceifa e provar o sabor amargo da mortalidade: este é o preço por ser a divisora que separa os vivos de tudo o que lhes antecedeu e tudo o que virá depois deles.

Sonho pensa muito nessa história, mas nunca perguntou a verdade a sua irmã. Talvez tema receber uma resposta.

De todos os Perpétuos, com exceção de Destino, talvez, é o mais consciente de suas responsabilidades e o mais meticuloso em sua execução.

Sonho projeta uma sombra humana quando isso lhe convém.











E há Morte.













Fonte: Sonhar.net ; Estação das Brumas

Elfos

Finalmente a preguiça deu um intervalo, e resolvi escrever sobre esses seres tão interessantes do mundo de Tolkien.





“O povo mais sábio e antigo da Terra média. Surgiram quando a Terra média estava todo tempo sob a luz da lua, antes do nascer do sol. Chamados pelos Valar para viverem na sua terra, muitos partiram rumo as terras imortais de Valinor, mas muitos ficaram, ignorando o chamado.
Em Valinor viveram bem durante muito tempo, até que Morgoth, o Inimigo, matou as Duas Árvores (as quais iluminavam toda Valinor com sua magia) e roubou as jóias de Fëanor, as Silmarils, que guardavam um pouco da luz das arvores. Foi ai que começou a maldição dos Noldor, que começaram a sua caçada desesperada em busca das Silmarils e de Morgoth pela Terra média. Muitos morreram (inclusive muitos que não eram Noldor, nem mesmo elfos) e muitas derrotas foram sofridas mas ao final da Primeira Era, com intervenção dos Valar, finalmente Morgoth foi capturado e retirado dos círculos do mundo.
Na Segunda Era, Gil-Galad, o ultimo alto rei dos Noldor na Terra média, governava o reino de Lindon, Círdan mantinha os Portos Cinzentos, Elrond fundou Valfenda e Galadriel e Celeborn assumiram a liderança dos elfos de Lórien. Tudo isso quase pereceu na guerra contra Sauron
(1693-1700 na Segunda Era), mas resistiram com ajuda dos homens de Númenor. Ao final da Segunda Era Sauron provocou a queda de Númenor e foi com ultima aliança entre os elfos e homens, Gil-Galad e Elendil, que conseguiram derrotar Sauron, sofrendo também muitas perdas.
Na Terceira Era os elfos foram saindo aos poucos da Terra média (pelos Portos Cinzentos de Círdan) enquanto os homens aumentavam seu poder (o que aconteceria completamente durante a Quarta Era, o Tempo dos Homens).
Os elfos que ficaram, em sua enorme maioria, estavam em Valfenda, Lórien ou no Reino da Floresta de Thranduil (na Floresta das Trevas).

Personalidade – Seu conhecimento supera de longe o dos homens, suas habilidades manuais
rivalizam naquilo que os anões fazem de melhor. São eles que estão nas lendas antigas, realizando feitos incríveis, com seu talento e capacidade admiráveis. Sempre lutando contra os servos da sombra eles são seus inimigos mais antigos e porque não, temidos. Podem ser ótimos conselheiros, mas também duros em sua abordagem caso sintam falta de respeito ou cortesia. Ninguém consegue atravessar seus reinos sem sua permissão. É preciso saber lidar com eles, pois o tempo lhes traz muita sabedoria, mas também os torna bem diferentes dos povos mortais que dividem o mesmo mundo. Existem históriasde elfos que morrem protegendo o corpo de um amigo ou parente mesmo sabendo que sua alma não estava mais ali; são convictos e tem personalidade forte, acreditam que fugir da responsabilidade é muito pior que aceitá-la e morrer tentando cumpri-la (e sob um ponto de vista, esse pode ser o maior defeito deles).

Descrição Física: Os elfos são tão altos quantos os homens, alguns até maiores (principalmente em dias antigos), mas possuem um porte mais delicado e um maior encanto, afinal, seus traços são belos, provocando admiração em outros povos. Existem elfos de olhos e cabelos escuros, mas também aqueles com cabelo dourado e cintilante como o ouro. Sempre existe luz na face dos elfos, e o som de suas vozes é variado e bonito, sutil como água. Dentre todas as suas artes, são
mestres em oratória e lingüística, canções e poesia.
São imortais, imunes ao passar do tempo, mas ainda podem ser mortos por violência ou tristeza, quando o pesar supera sua vontade de viver e deixam seus corpos rumo aos campos imortais. Para outros povos parecem ao mesmo tempoidosos e sem idade, tendo o conhecimento e a sabedoria que a experiência traz aliados à natureza alegre da juventude.

Relações – Na Terceira Era os elfos há muito já se distanciaram dos anões e existe uma desconfiança e repulsa mútua. As maiores relações (que são poucas) se dão com homens, que vivem próximos de seus reinos podendo existir algumas trocas comerciais, como entre os homens de vale e os elfos da floresta das trevas.

Tendência – a mais antiga raça a enfrentar a sombra, possuem sempre uma chama de bem dentro de si. A grande maioria possui alguma tendência boa. São raros os casos que fogem a isso, talvez os elfos mais selvagens (talvez alguns entre os elfos silvestres, que sempre viveram mais isolados) tenham tendências mais neutras, mas nunca malignos.

Terras dos elfos– Na Terceira Era existem 4 regiões habitadas por elfos: Valfenda, Lórien, os Portos Cinzentos em Lindon e no Reino da Floresta de Thranduil, na Floresta das Trevas. Nesses lugares a natureza parece mais viva e a magia presente em todo o mundo parece ser mais forte e ativa.
Aqueles de bom coração sempre se sentem bem nesses lugares.

Idioma – Na Terra média os Noldor conversam a assumem nomes em Sindarin. Quenya, sua antiga língua, só é usada para preservação do conhecimento e em expressões nostálgicas de saudade pelo Oeste. Todos os elfos falam Sindarin e os Sindar e os Elfos Silvestres, principalmente os últimos, usam também o Silvestre. Todos sabem também a língua comum, o Westron, embora sempre prefiram falar em sua própria língua.”
Livro de RPG de Senhor dos Anéis.

Não tem muita informação importante dos outros livros que possa ser adicionado aqui. Apenas que os belos elfos, as mais lindas e perfeitas criações de Ilúvatar são chamados de "Filhos de Ilúvatar" e na linguagem dos próprios: Quendi, significando "Aqueles que falam com vozes".






Ao Infinito...E Além!

Baseando-se no assunto anterior, o Buraco Negro, eu havia comentado que quando criança tinha dúvidas do que era isso e se poderia ser um tipo de portal para outras dimensões ou até mesmo um tipo de “túnel” que nos levasse ao passado ou ao futuro.
Minha primeira dúvida foi saciada. A de apenas saber o que é exatamente o acontecimento. Mas existem teorias que trabalham com minha segunda dúvida e são até viáveis, e isso é MUITO interessante!

Buracos de minhoca
Segundo os físicos, um buraco de minhoca é tão parecido com um buraco negro que seria impossível distinguir um do outro. Ambos afetam a matéria à sua volta da mesma maneira, já que os dois distorcem o tecido do espaço-tempo ao seu redor da mesma forma.
O que poderia distinguir os dois seria a radiação de Hawking, uma emissão de partículas e luz que somente se originaria nos buracos negros. Mas essa radiação, com seu espectro de energia característico, é tão fraca que seria completamente tragada por outros fontes de energia - até mesmo pela radiação de fundo, um "brilho" de microondas deixado por todo o espaço pelo Big Bang.
Outra diferença seria que o buraco de minhoca não possui horizonte de eventos, a fronteira além da qual nada consegue escapar de um buraco negro. Isto significa que algo poderia entrar no buraco de minhoca e sair novamente, o que não é possível nos buracos negros. Os teóricos afirmam que existem até mesmo buracos de minhoca em circuito fechado, cuja saída coincide com sua própria entrada, não levando a outros universos.

Portais para outros universos
O problema é que, dependendo de seu formato, percorrer um buraco de minhoca inteiro pode levar bilhões de anos. Ou seja, algum objeto que tenha entrado em um desses logo depois do Big Bang pode não ter tido tempo ainda para sair.
Buracos de minhoca tão grandes certamente causam grande frustração a todos os amantes da ficção científica, onde as viagens espaciais são feitas em horas e não em bilhões de anos. Mas há uma esperança.
Se um buraco de minhoca microscópico pudesse ser encontrado ou até mesmo construído, seria possível atravessá-lo em segundos. Como ele não possui horizonte de eventos, uma nave espacial poderia utilizar seu combustível para sair do outro lado e explorar o novo universo. E poderia voltar rapidamente para contar o que encontrou.

Buracos Brancos
Em Astrofísica, Buraco branco é um objeto teórico previsto pela teoria da relatividade que funciona um buraco negro tempo-invertido. Como um buraco negro é uma região no espaço de que nada pode escapar, a versão tempo-invertida do buraco negro é uma região no espaço em que nada pode cair.
Origem
Os buracos brancos aparecem como parte de uma das soluções de Karl Schwarzschild para as equações da relatividade geral de Einstein, em que é descrito um buraco de minhoca de Schwarzschild. Em uma das pontas do buraco de minhoca há um buraco negro sugando matéria, luz e tudo mais, e, na outra ponta, um buraco branco, criando matéria e luz. Mesmo que isso possa dar a entender que os buracos negros em nosso universo possam se conectar a buracos brancos em outros lugares, isso não é verdade por duas razões. Primeiro, porque os buracos de minhoca de Schwarzschild são instáveis, desconectando-se assim que se formam. Em segundo lugar, os buracos de minhoca de Schwarzschild são uma solução válida apenas enquanto nenhuma matéria interage com o buraco. Buracos negros reais são formados a partir de estrelas em colapso. Como as estrelas mortas deixam matéria, o buraco branco tem que ser forçosamente retirado do modelo.
A existência de buracos brancos desconectados de buracos negros é duvidosa, já que parecem violar a segunda lei da termodinâmica
Ou seja, buracos brancos são entidades físicas matematicamente viáveis, o que não quer dizer que existam na natureza.