A Vida de Marvin 2

Sentado a mesa, olhei os ali presentes.


A galinha cacarejava de forma irritante e ficava passeando em cima da mesa.

- Por que ela está aqui?

- Está deprimida. – falou minha mãe.

- Com certeza não mais do que eu.

- Meu dono tentou me comer. – a galinha falou.

- Por que ele faria isso? Você não tem um aspecto bom.

- Mas tenho muita vitamina e proteína. O que dizer dos carboidratos!

Pensei em várias respostas que poderia dar. Todas muito complicadas de se compreender, caso você seja uma ave.

- Eu não acredito. – falei.

- Como não?? Não vê essas penas lustrosas?

- A única coisa que vejo é um rato dançando rumba. – E olhava em direção a parede onde, um rato de saias, dançava rumba com uma boneca de porcelana “made in” Gragoatá. Esse é o terceiro planeta mais hediondo de todo o universo, que só sabe produzir bonecas de porcelana vestidas de havaianas e chinelos. Não necessariamente nessa ordem.

- Pois bem, como posso provar a você?

- Não pode. A não ser que ache que um forno ligado a uma alta temperatura vá te fazer mais feliz.

- Ah é? Você vai ver só. – a galinha entrou no forno, não sem antes ligá-lo a uma alta temperatura, e se fechou lá dentro.

- Está vendo?

- O que isso prova? – falei sem me impressionar com sua estupidez.

- Que eu estava certa e você errado.

- Não acho.

- Então aumente a temperatura e verá.

- Você não vai querer fazer isso.

- Ah vou sim.

- Tudo bem. – dei de ombros.

Algum tempo depois tínhamos nosso jantar.

- Agora você pode prová-la, e ver quem estava certo. – meu pai olhava nosso convidado-jantar.

- Eu não como. Não tenho sistema digestivo...daria muita azia.

- Hum...o que devemos fazer agora? – minha mãe suspirou tristemente.

- Esconder os restos no quintal e fingir que isso nunca aconteceu? – sugeriu meu pai.

- Tenho uma idéia melhor. – falei.

Por teletransporte enviei nosso convidado-jantar para um outro lugar.

- Zaphod nunca poderá reclamar que não entrego sua comida na cama.

1 comentários:

? disse...

galinha >.</

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